quarta-feira, 23 de março de 2011

Tudo tem seu tempo!

Tempo de chorar, tempo de sorrir.
Tempo de amar, tempo de partir.
Tudo tem seu tempo.
Certo é o momento.
Por isto nunca se aflija,
a ansiedade traz terríveis doenças.
Não adianta sofrer pelo que ainda virá,
tenha fé, perseverança... Esperanças.
Para que pensar no amanhã?
Quando o incerto é o que desponta.
Deixe a vida em sua casualidade,
que ela resolve o que precisar,
a vida é sábia, esta é a realidade.

Viver na preocupação de algo por vir.
É como caminhar, sem ter aonde ir.

Dê tempo ao tempo...
Pois, o mestre do acontecimento,
resulta do amor a vida,
em harmonia e agradecimento.
Saiba acolher com amor
o universo e seu firmamento.
Plante boa semente
e colherá excelentes frutos,
seja paciente e sempre atento.
E tudo nesta vida... Dará certo
Tudo, em seu próprio tempo.

terça-feira, 1 de março de 2011

SAUDADE !


"Perdoem o silêncio, o sono, a rispidez, a solidão. 
Está ficando tarde, e eu tenho medo de ter desaprendido o jeito."
(Caio Fernando Abreu)

Se for pra abrir meu coração aqui, preciso mesmo é dar o grito. Os espinhos do caminho têm ferido meus pés e não há tempo suficiente para que as feridas cicatrizem antes que eu volte a caminhar. Estou cansada de me anestesiar com meus lirismos. Não quero mais fechar os olhos pra nada que não me faça feliz.

O caminho é longo. Eu sempre soube que seria. Tenho neblina nos olhos, tenho a boca seca, tenho o coração fragilizado e sem ritmo.

O verbo se confunde. O verso se confunde. Torno-me verborrágica, dou voltas em torno de mim mesma pra falar o que é mais simples, me sinto teórica demais e, por isso, me calo. Me calo por opção. E, às vezes, tenho medo de emudecer de vez. Medo de me perder nesse caminho longo e solitário, de perder minhas coleções, de ficar estagnada em alguma estação. Medo de esquecer a letra daquela canção que eu ouvia sempre  ou de, um dia, meus vocativos urgentes tornaram-se inaudíveis. Medo de, em algum momento, não ser mais prosaica nem poética, de perder os trocadilhos e a inspiração. Medo das minhas farsas de final feliz me invadirem tanto, que eu já não me sentir capaz de contar sobre meus fins despedaçados, meus inícios desconexos, minha fala descompassada. Medo do que vai sobrar de mim depois do fim. Medo desse desabafo. Medo de que me julguem louca e de que, em algum momento da história, eu já não seja capaz de contar estrelas.

Me lembro dos dias do verão passado. Me lembro dos dias da versão do passado. E sinto saudades.

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Hoje eu acordei mais cedo, e fiquei te olhando dormir, imaginei algum suposto medo para que tão logo pode-se te cobrir. Tenho cuidado de você todo esse tempo, você esta sobre meu abraço e minha protecção, tenho visto você errar e crescer, amar e voar, você sabe onde pousar. Ao acordar já terei partido, ficarei de longe escondido, mas sempre perto de certo, como se eu fosse humano, vivo, vivendo pra te cuidar, te proteger, sem você mim ver, sem saber quem sou, se sou ANJO ou se sou SEU AMOR !